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Destaques

O Neutralismo Crítico-Dialético

Neutralismo Crítico-Dialético: Uma Abordagem Filosófica para a Imparcialidade na Análise de Situações Políticas Introdução : A filosofia é uma disciplina que busca compreender o mundo e a condição humana por meio de uma análise crítica e reflexiva . Filósofos têm abordado uma ampla gama de questões ao longo da história, incluindo temas políticos e sociais . No entanto, é comum que as discussões políticas sejam polarizadas, com defensores de diferentes ideologias frequentemente tomando posições extremas e defendendo apenas um lado do debate . O que chamo aqui de " Neutralismo Crítico-Dialético " se trata uma abordagem filosófica que defende que o filósofo deve abordar as situações de forma imparcial , buscando compreender e analisar ambos os lados do debate, sem se apegar a preconceitos ou ideologias específicas, afinal, o filósofo que defende a parcialidade de uma questão não é um filósofo de verdade , e por isso não está preparado para discutir implicações da

Ensaios Micropatriológicos: Teorias Gerais

Comentário: essas são algumas das teorias que desenvolvi em 2023, elas são bem pequenas pois buscam uma argumentação clara e direta ao assunto, algumas são remanescentes da Teoria Geral enquanto outras partem de princípios paralelos que achei válido mencionar.

Micropatriologia: uma análise sobre os benefícios da expansão e do foco de
investigação micropatriológica.

Autor: André Igino Chalegre
Resumo
A Micropatriologia é uma ciência emergente que embora tenha tido como único e principal foco o suposto fenômeno do micronacionalismo e das inter-relações dos Estados Efêmeros, tenha, por consequência disto, se limitado de forma estrita em seus estudos quando podia também estudar a autogovernança de pequenas comunidades, como famílias, grupos de amigos, equipes de futebol, entre outros. Embora ainda pouco conhecida, sua importância vêm sendo crescente e é um tema que merece ser discutido. Este artigo tem como objetivo analisar a história e a relevância da Micropatriologia para a sociedade contemporânea.
Palavras-chave: Micropatriologia, Micronacionalismo, Autogovernança, Autonomia Comunitária.

Desenvolvimento
A história da Micropatriologia se inicia nas teorias da filosofia política, mais especificamente de John Locke (1632-1704). Este defendia que o poder político deveria ser baseado na vontade popular e que as pessoas deveriam governar a si mesmas em sociedades autônomas e autossuficientes. O termo Micropatriologia surgiu em meados do século XX, em trabalhos de filósofos e sociólogos interessados na estruturação de uma identidade própria de um suposto ambiente chamado de "micronacionalismo" que em tese seria "Mundo Micronacional" quando na verdade de tratava apenas de um agrupamento fechado de micronações e Estados Efêmeros, não podendo se expandir para àqueles que não seriam "iniciados" na cultura do micronacionalismo. 

A posição dos chamados "micronacionalistas" têm sido, desde sempre, baseados na super produção de conteúdos para a comunidade micronacional e tão somente para ela, afim de competir com as demais micronações que fazem parte deste sistema fechado, sendo um erro catastrófico não ter externalizado toda a produção cultural para a sociedade na qual conhecemos em terminologias gerais, o que lhe de certa forma torna quase que inconscientemente proposital o fato do micronacionalismo ser um fenômeno "à parte" da sociedade, sendo paralelo à ela, o que rendeu a criação dos termos "micro" e "macro", ambos usados (principalmente pelos micronacionalistas brasileiros) para separar a atividade micronacional da atividade social, criando uma espécie de "Torre de Marfim" entre os próprios micronacionalistas.

A Autogovernança e gestão de comunidades surge como uma expansão dos conceitos de estudo da Micropatriologia enquanto ciência, quebrando completamente todo o paradigma de limitação imposta pelos micropatriólogos do passado, retirando a exclusividade das micronações e colocando o foco na gestão de pequena escala dos fenômenos mais naturais, abrindo margem para o Método Micropatriólogo no que condiz com os estudos de uma "Micropatriologia Aplicada" como por exemplo num estudo de autogestão de uma sistematização sociólogo-matemática de um clube de futebol e suas ações, ou mesmo no processo quantificado da formação de sociedades discretas. Tudo o que se pode ser quantificado, exatifidado e estudado em aprofundamento pode ser agrupado na Micropatriologia Aplicada, que deve possuir seu método no que condiz na investigação enquanto área exata, contudo enquanto esta área ainda não existir, se segue como uma área hipotética da Micropatriologia.

Segundo a Teoria Integral da Micropatriologia (que estabelece a diferença entre as investigações sobre as Micronações e os MicroEstados, e de certa forma estabelecendo os limites entre a sociedade e as comunidades fechadas de micronacionalismo) existe a possibilidade de se analisar o mundo por vias concretas, o que de certa forma considera que a autogovernança de uma pequena comunidade é benéfica não apenas para seus membros, mas para a própria sociedade como um todo. Isso porque essas comunidades costumam ter valores compartilhados, responsabilidade social, menos burocracias e hierarquias, e maior eficiência em suas tomadas de decisão. Além disso, promovem a participação ativa dos indivíduos no processo de tomada de decisões, incentivando valores como a democracia, a liberdade e a responsabilidade.

Considerações Finais: A Micropatriologia é uma ciência de suma importância, não apenas para a preservação das culturas e tradições locais, mas para o fortalecimento da democracia e da autogovernança em sua forma mais pura. Mais estudos e pesquisas devem ser realizados para que sejam encontradas soluções que auxiliem na promoção e efetivação desses ideais. Acredito que a Micropatriologia seja uma ciência que merece ser valorizada e amplamente divulgada para que suas ideias possam ser aplicadas e difundidas para a sociedade em geral.

CHALEGRE, André Igino. Micropatriologia: uma análise sobre os benefícios da expansão e do foco de investigação micropatriológica

XXX

Micropatriologia: Os Estados Efêmeros enquanto Sociedades Plutocratas.
Autor: André Igino Chalegre

Resumo
A Micropatriologia é um campo de estudo que se dedica a analisar as micronações, ou seja, as nações em miniatura que se formam em diversos locais do mundo. Essas micronações são geralmente criadas por grupos de pessoas que desejam experimentar formas alternativas de organização social, política e econômica, mas muitas vezes acabam sendo vistas como simples curiosidades ou até mesmo como uma piada. No entanto, a Micropatriologia tem mostrado que essas micronações podem oferecer insights interessantes sobre os desafios e possibilidades da construção de sociedades mais justas e igualitárias. Neste artigo, discutiremos o micronacionalismo como sendo um conjunto de sociedades plutocratas, ou seja, em que o poder é exercido por uma elite privilegiada economicamente. Argumentaremos que, no micronacionalismo, um Estado só pode ter sucesso se seus gestores forem privilegiados economicamente, o que justifica a razão da maioria destes Estados efêmeros serem monarquias ao invés de democracias.
Palavras-chave: Micropatriologia, Plutocracia, Micronações

Desenvolvimento
A Sociedade plutocrática, o que pode ser mais adequado para um Estado que depende do poder econômico de seus gestores, mas isso pode mudar dependendo da intensão inicial de seus gestores, uma vez que o que se pode notar numa micronação, é que toda a população faz parte do governo, e os donos do capital é quem normalmente fazem a promoção do Estado para a exterioridade.

Ao longo da história do micronacionalismo, vários exemplos clássicos de micronações monarquistas surgiram, reforçando a relação entre a plutocracia e a preferência por esse tipo de regime. Um desses exemplos é o Sacro Império de Reunião, uma micronação que foi fundada em 1997 e é sabido que seu Monarca detinha e detém bastante capital financeiro, e boa parte deste capital foi usado para promover o Império, inclusive pagando um de seus "cidadãos" para escrever coisas relacionadas à antiga micropatriologia, afim de estabelecer uma identidade pioneira na área, o gestor de Reunião também lidou com todo o aparato do Estado, e existem boatos de que muitas das matérias jornalísticas que mencionam Reunião na verdade não vieram da "curiosidade" por parte do público, mas sim de financiamentos para que Reunião viesse a ser conhecida. O Sacro Império de Reunião era liderado por um monarca que reinvindica uma ilha no Oceano Índico da qual não detém poder de soberania alguma, mas usou do seu "Estado Artificial" para simular como seria seu governo naquela ilha, usando do termo "hobby" para justificar seu "país maquete" que existia apenas na internet. Outro exemplo notório é a micronação de Sealand, que têm um território de verdade, esta "nação" ganhou fama internacional: Sealand foi fundada em 1967 em uma plataforma abandonada no Mar do Norte, localizada fora das águas territoriais britânicas. O "príncipe" Roy Bates se autoproclamou soberano de Sealand e adotou uma estrutura monárquica, estabelecendo-se como o governante hereditário. Embora Sealand seja amplamente reconhecida como uma micronação, sua existência e status político são altamente controversos e não são reconhecidos pela maioria das entidades soberanas, em partes pelas próprias micronações, e em totalidade pelas nações plenamente soberanas.

Outro exemplo notável é a micronação do Principado de Seborga, localizada na Itália.
O principado foi estabelecido em 1963 por Giorgio Carbone, que se autodenominou "Sua Excelência Giorgio I, Príncipe de Seborga". Giorgio Carbone afirmava que a região de Seborga era um principado independente que havia perdido sua soberania devido a um erro diplomático em 1729. Ele se tornou uma figura icônica na micronação, defendendo o retorno da independência de Seborga e mantendo uma estrutura monárquica. Outro exemplo é o Reino de Redonda, localizado no Mar do Caribe. Redonda foi reivindicada como micronação por várias pessoas ao longo do tempo, mas seu status político permanece altamente discutido e não reconhecido internacionalmente. A micronação possui uma tradição monárquica, onde os pretendentes ao trono assumem títulos reais e se autodenominam "Reis de Redonda".

Esses exemplos clássicos de micronações monarquistas, como o Sacro Império de Reunião, Sealand, Principado de Seborga e Reino de Redonda, demonstram a preferência por estruturas de poder concentrado nas mãos de líderes monárquicos, pois a monarquia assegura que o líder do país seja o provedor de todas as ações do Estado, inclusive os de subsistência. A relação entre a plutocracia e o micronacionalismo é evidente nesses casos, uma vez que os gestores dessas micronações muitas vezes possuíam recursos financeiros e, por meio de sua posição privilegiada, podiam estabelecer e sustentar esses Estados efêmeros. No entanto, é importante ressaltar que nem todas as micronações adotam estruturas monarquistas ou são baseadas em princípios plutocráticos. Existem também micronações que se baseiam em princípios democráticos, cooperativos ou até mesmo anarquistas. O micronacionalismo é um campo diversificado, repleto de experimentações sociais e políticas, onde diferentes formas de governança podem ser exploradas e estudadas, daí a importância da Micropatriologia enquanto ciência humana em investigar estes fenômenos de forma tão íntima.

Na atualidade, com o advento da internet e da globalização em passos largos, muitos nerds em geopolítica resolveram declarar independência de diversas terras para autoproclamarem os seus respectivos regimes, contudo, a ausência do investimento de capital leva essas micronações à falência, constatando ainda mais que não apenas existe uma necessidade fundamental entre plutocracia e micronacionalismo, como também evidencia que ambas as coisas possuem naturezas de autocomplementação, criando toda uma hierarquização social de quem pode e quem não pode exercer o Poder, dando a entender que os mais afortunados geralmente possuem mais chances de obterem sucesso no micronacionalismo, coisa que separa o homem comum do governante que possuí a renda necessária para estabelecer a sua micronação, não restanto muita coisa aos demais à não ser se juntar aos projetos mais estabelecidos financeiramente. Toda essa hierarquia social explica porquê alguns governam e outros são governados no micronacionalismo, do contrário, todos teriam uma micronação onde os cidadãos não precisam necessariamente fazer parte do governo.

O Conceito do "host" na Micronação
O host é uma figura essencial para a manutenção e sobrevivência de uma micronação, sendo responsável por financiar a existência da micronação e liderar o Estado Efêmero. Sem um host, a micronação deixa de existir, o que evidencia a luta pela sobrevivência dentro da comunidade de Estados Efêmeros. A figura do host é um elemento central no micronacionalismo, e seu papel deve ser compreendido e estudado pelos pesquisadores que se dedicam ao estudo desse fenômeno social e político. Ele pode ser descrito como o principal provedor de recursos financeiros e logísticos para a existência da micronação, e muitas vezes assume um papel de liderança na condução dos negócios e questões políticas do Estado Efêmero.
O host pode ser tanto uma pessoa física quanto uma pessoa jurídica, e sua influência e poder na micronação podem variar bastante de acordo com a estrutura e organização da própria micronação. Em geral, o host é responsável por financiar a manutenção da micronação, custeando desde os gastos básicos de sobrevivência até investimentos em infraestrutura e expansão híbrida.

A importância do Host para a sobrevivência da Micronação
Sem um host, uma micronação deixa de existir. Isso se deve ao fato de que, sem recursos financeiros e logísticos para a manutenção da micronação, ela não tem condições de se sustentar por muito tempo. Além disso, a figura do host é geralmente responsável por manter a coesão interna da micronação, uma vez que ele é o responsável por tomar decisões e liderar o Estado Efêmero. A ausência de um host pode levar a uma luta pela sobrevivência dentro da comunidade de Estados Efêmeros, isso pode se manifestar por meio de conflitos internos, disputas por poder e recursos, e até mesmo a fragmentação da micronação em diferentes facções ou grupos rivais, um exemplo clássico disso foi a saída de Pedro Aguiar de Porto Claro, micronação que o mesmo fundou, mas que, por disputas com o Sacro Império de Reunião, acabou por se fragmentar em duas versões, ambas se utilizam do mesmo nome, mas em regimes diferentes, embora Reunião admita existir uma versão "Oriental e Ocidental" de Porto Claro.

Compreendendo: Porto Claro
Fundada em 1992 por Pedro Aguiar, Porto Claro foi a primeira micronação 100% brasileira. Entre 1992 e 1996, o nome oficial do país foi Reino de Porto Claro, entre 1996 e 2001, passou-se a incluir um artigo e o nome mudou para Reino do Porto Claro. Com a reforma constitucional de 2001, o nome foi mais uma vez alterado para Estado de Porto Claro. Embora seja notável a existência de micronacionalistas radicais do chamado "Setor Lusófono" que afirmam que Porto Claro é na verdade a primeira micronação latino-americana, e uma das primeiras do mundo, damos esta narrativa como uma inverdade e também uma completa demonstração de ignorância e autoengrandecimento do eixo micronacional de língua portuguesa, uma vez que o Principado de Trinidad, fundado ainda em 1893 pelo americano James HardenHickey tenha sido de fato o primeiro Estado Secessionista latino-americano que de fato pode ser enquadrado como uma "micronação".
Considerações Finais: Os exemplos clássicos de micronações monarquistas, como o Sacro Império de Reunião, Sealand, Principado de Seborga e Reino de Redonda, reforçam a relação entre a plutocracia e a preferência por esse tipo de regime no micronacionalismo. No entanto, é importante ressaltar que o micronacionalismo é um campo diversificado, repleto de experimentações sociais e políticas, onde diferentes formas de governança podem ser exploradas e estudadas. A existência de um "host" também é um fator em comum encontrado em toda micronação que investe em sua própria imagem afim de conquistar mais cidadãos, uma vez que ter uma população, atualmente, é a preocupação principal destes assim chamados Estados Efêmeros.
CHALEGRE, André Igino. Micropatriologia: Os Estados Efêmeros enquanto Sociedades Plutocratas.

XXX

Hipótese de Chalegre para categorização de Micronações
Autor: André Igino Chalegre
Resumo
As micronações são formas de estados em escalas e proporções reduzidas cujos fatores são diversificados, as principais causas deste fenômeno de redução da presença do Estado de uma micronação em um determinado lugar se dá graças à força de subjulgo de outras nações, notadamente maiores. Ao longo dos anos, muitos estudiosos da micropatriologia tentaram categorizar as micronações para que se pudesse distinguir umas das outras. O Objetivo deste estudo é o de mostrar uma categorização fidedigna às mais diversas micronações existentes no micronacionalismo.
Palavras-chave: Micropatriologia, Categoria das Micronações, Práticas Micronacionais

Introdução e desenvolvimento
De acordo com a Teoria Geral da Micropatriologia, existem 3 fatores principais que definem uma micronação, sendo eles:
i) Uma organização política e/ou cultural que tenta ou já tentou ser um Estado de facto,tais como Liberland e Sealand;
ii) Uma organização que afirma ser um Estado de facto mas que não o é de jure, taiscomo Molóssia e as demais micronações derivatistas;
iii) Uma organização recreativa que exerce o estadismo como forma de hobby, tais como as micronações modelistas.
Podemos inclusive fundir os fatores i e ii para classificar as micronações chamadas de "secessionistas" e o fator iii como as micronações chamadas "simulacionistas" como são rotineiramente categorizadas, contudo, existem diferentes tipos de micronações dentro e fora destes dois espectros: o simulacionista e o secessionista, tipos nas quais iremos discorrer conseguintemente.

A Categorização das Micronações
Pela Teoria Geral da Micropatriologia, têm-se as seguintes categorias de micronações:
i) Derivatistas: são micronações que possuem significativos elementos realistas parafundamentar sua existência, como por exemplo, a utilização de territórios nas quais a micronação tenha algum nível de controle sobre a mesma, seus sistemas burocráticos são idênticos aos modelos existentes e sua heráldica, bem como sua vexilologia possuem elementos de uma estética visual voltada para uma representação nãoficcional, isto é, que não tenha elementos visuais ad absurdum, como são constantemente encontrados em projetos vexilológicos voltados para a ficcionalidade e/ou de idéias abstratas não-estadistas.
ii) Modelistas: são micronações recreativas, portanto, seus elementos são, na maioriadas vezes, irreais. Estas micronações usam o simulacionismo como fundamento elementar para a sua existência, como um território fictício e/ou absurdo para a realidade da organização, um passado histórico ficcional, notoriamente conhecido como "A Saga" e a utilização de nomes voltados para a "cultura" daquela micronação, como por exemplo uma micronação que se baseia na cultura árabe e seus cidadãos usem (obrigatoriamente ou não) nomes árabes, e assim por diantente.
iii) Virtualistas: são micronações que utilizam ambos os elementos do modelismo e doderivatismo, ocasionalmente a organização possui vínculos históricos com o projeto micronacional e podem seguir sistemas "híbridos" que não são derivatistas e nem modelistas, o território passa a ser um elemento opcional por não se encaixar nem no modelo derivatista, nem no modelista.
iv) Peculiaristas: são micronações cujos elementos fundamentais estão em qualquercoisa, exceto no exclusivismo da seriedade. Estes projetos micronacionais não possuem a menor pretensão de serem levados à sério e às vezes extrapolam até mesmo o conceito do que é absurdo, muitas delas usam a sátira e outros elementos parecidos para dar jus à sua existência.
v) Especifistas: são micronações com o exclusivismo da internet, como as organizaçõesdo projeto Bitnation, o Setor Micras e demais projetos geofictícios que são intencionalmente voltados para uma prática específica.
Podemos teorizar o mundo micronacional nestas cinco divisões e tipos de micronações, onde no Primeiro Mundo estão as micronações derivatistas, no Segundo Mundo estão as micronações modelistas, no Terceiro Mundo estão as micronações Virtualistas, no Quarto Mundo estão as Peculiaristas, e no Quinto Mundo estão as Especifistas, numa divisão igualitária em que nenhum tipo se sobressaia em relação ao outro.

Micronações Derivatistas
As micronações derivatistas são as mais próximas do secessionismo o possível, são organizações que pretendem ser um Estado ou que são micronações que pretendem atribuir o máximo de realismo o possível dentro da sua esfera existencial. Alguns exemplos clássicos de micronações derivatistas dentro do micronacionalismo brasileiro são o Império Karno-Ruthêno, o Reino de Quinta-Velha, a Gloriosa República de Albarena e o Estado do Xingu. As características principais destas micronações, é que elas reinvindicam um território que esteja de fato acessível ao Governante Principal, e que este território deva ser a Capital. Raras são as exceções onde a Capital de uma micronação não se encontra sob domínio do governante, isto é, do acesso direto ao território, como é o caso de Soviétia, que reinvindica todas as fábricas do Bloco Oriental mais as do Brasil, ou como também o caso da Comuna de Nuremberg. A principal narrativa de sustentação do pensamento do derivatismo, ao menos brasileiro, é a de que não é reivindicado um território absurdo e desproporcional, no máximo há uma territorialidade simbólica que serve para abarcar os princípios culturais da micronação em questão.

Micronações Modelistas
As Micronações que formam a prática modelista (ou histórico-modelista, ou mesmo simulacionista) surgem de um conceito originalizado pela primeira micronação Latino -Americana, que é o caso de Porto Claro, em 1992. Porto Claro inspirou várias outras micronações, dentre elas, vale destacar o Sacro Império de Reunião, a Comunidade Livre de Pasárgada e dentre várias outras que originaram o que é conhecido hoje como o "Setor Lusófono" que é um dos mais antigos Setores de atividades micronacionais de toda a história, desde o advento da internet e sua difusão em totalidade. Hoje, compõe-se ao Setor Lusófono, micronações como o "Império Alemão" (Antigo Alto Reino) o "Reino da Itália", o "Reino da França" e dentre várias outras variedades de imitações dos conceitos originais dos países nas quais estes projetos se apropriam dos nomes em questão. O Principal argumento de sustentação do pensamento modelista é o de que o micronacionalismo é apenas um hobby, uma prática recreativa de simulação de países, limitando-se apenas à este conceito. Apesar da nítida ausência de criatividade nos nomes das micronações atuais, houveram no passado muitas micronações modelistas que utilizaram de etimologias originais, como o Reino de Orange, O Marajó e dentre outros. A prática do simulacionismo permite ao micronacionalista deste segmento, uma capacidade muito mais flexível do que se é encontrado entre as micronações derivatistas, como por exemplo o uso de pseudônimos, a possibilidade de simular empregos de alta e baixa competência de Estado, e a de fingir estar e residir em lugares nas quais não coincidem com a realidade do micronacionalista praticante em questão, como por exemplo a possibilidade de emitir decretos através da cidade de Munique (no Império Alemão) quando na verdade o Monarca "alemão" não reside em Munique, ou mesmo na Europa, e todas estas práticas são vistas como viáveis para o modelismo.
Muitos micronacionalistas derivatistas criticam o sistema modelista por não corresponder em totalidade com a realidade, e para alguns, nem mesmo chega a ser uma prática genuinamente micronacionalista.

Micronações Virtualistas
As Micronações Virtualistas são o meio-termo entre o modelismo e o derivatismo, entre as principais micronações brasileiras que adotaram o Virtualismo estão as Províncias Unidas de Maurícia, a Comunidade Livre de Pasárgada e o Reino do Manso. Os micronacionalistas deste segmento, ao contrário dos modelistas, possuem certo contato cultural com o território reinvindicado ou mesmo residem em lugares próximos das localidades territoriais, e justamente por estarem próximas de seus respectivos territórios, possuem um certo nível de derivatismo, fazendo com que não sejam nem Modelistas nem Derivatistas, às vezes é dito que as mesmas adotam um "Modelo Híbrido". A Comunidade Livre de Pasárgada, por exemplo, é um caso peculiar pois não tinha território, isto é, era uma organização soberana não-territorial que existiu na internet, mas pelo compartilhamento de fatores histórico-culturais entre seus cidadãos, que eram próximos socialmente, fazia-se entender que a união comunitária era mais importante que o laço por território.

Micronações Peculiaristas
As Micronações deste segmento existem por uma causa específica que foge do modus operandi existencial das demais, pois o seu propósito, como micronação, não é tão sério quanto nas categorias anteriores, muitas destas organizações micronacionais são puramente satíricas, como exemplo clássico, está o Império Aericano, uma paródia do termo "americano" em forma de Império, cujo emblema principal é um emoticon sorridente. Não há conhecimento histórico sobre projetos semelhantes dentro do micronacionalismo brasileiro, embora sabe-se que por experiência, um ou outro projeto tenha surgido nestes parâmetros categóricos mas que não duraram muito tempo.

Micronações Especifistas
As Micronações da categorização especifista são organizações semelhantes às micronações nas quais estamos habituados a encontrar no micronacionalismo que partem do princípio de Sistema Fechado, ou seja, são próprias de um sistema baseado em Geoficção, RPG de longa duração e demais simulações recreativas de duração constante e/ou de longa data, cujo princípio de existência é diversificado para cada sistema, mas não para cada micronação.

Embate do Simulacionismo Versus Secessionismo
Podemos agregar as Micronações Modelistas, Especifistas, Peculiaristas sob a categoria de "Micronações Simulacionistas" e as Micronações do tipo Derivatistas e Virtualistas entre "Micronações Secessionistas" o grau de secessão ou de simulação depende quase que exclusivamente das ações de micronação pra micronação, mas não de categoria por categoria. No momento atual, a movimentação intelectual de micropatriólogos está buscando cada vez mais uma dualidade de posições micronacionais, sendo o Secessionismo uma forma mais completa e fidedigna do que o Simulacionismo. A dualidade de "é ou não é" impede, e, em dados momentos, limita a flexibilidade das micronações em poder agir sem quebrar um determinado paradigma, limitando as micronações às práticas próprias de uma das duas posições, o que de certa forma é um fator negativo.
Considerações Finais: A Micropatriologia evidentemente terá em seus estudos, novos sistemas de categorização para as micronações, sejam em termos abrangentes demais ou específicos demais, no meu caso, eu tentei abarcar o máximo de organizações governamentais que pude para poder discorrer sobre cada uma delas, inclusive ao fazer uma breve abordagem de dualidade. É fato que ainda haverão outros sistemas categóricos, mas nas minhas linhas de análises micropatriológicas, este será o meu sistema de categorias, que poderá ou não, em posterioridade, ser desenvolvido com mais aprofundamento.

CHALEGRE, André Igino. Hipótese de Chalegre para categorização de Micronações.

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