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Destaques

O Neutralismo Crítico-Dialético

Neutralismo Crítico-Dialético: Uma Abordagem Filosófica para a Imparcialidade na Análise de Situações Políticas Introdução : A filosofia é uma disciplina que busca compreender o mundo e a condição humana por meio de uma análise crítica e reflexiva . Filósofos têm abordado uma ampla gama de questões ao longo da história, incluindo temas políticos e sociais . No entanto, é comum que as discussões políticas sejam polarizadas, com defensores de diferentes ideologias frequentemente tomando posições extremas e defendendo apenas um lado do debate . O que chamo aqui de " Neutralismo Crítico-Dialético " se trata uma abordagem filosófica que defende que o filósofo deve abordar as situações de forma imparcial , buscando compreender e analisar ambos os lados do debate, sem se apegar a preconceitos ou ideologias específicas, afinal, o filósofo que defende a parcialidade de uma questão não é um filósofo de verdade , e por isso não está preparado para discutir implicações da

O Pós-Anarquismo Epistemológico

É verdade que as estruturas da difusão e hierarquização do conhecimento científico foram um dia, questionadas pela Filosofia, através dos pensamentos de Paul Karl Feyerabend, um grande expoente da filosofia da ciência e pai do anarquismo epistemológico. Feyerabend expôs os acadêmicos ao ridículo, mostrou ao mundo a infame tirania do saber, detentora de verdades absolutas, seletora do que é ou que não é ciência, quem deve ter prestígio e quem deve ser esquecido... Feyerabend, que foi tido pelos assim chamados acadêmicos, foi rotulado de "o pior inimigo (ou o melhor?) da ciência" e até mesmo de "terrorista epistemológico", mas a verdade é que Feyerabend é um herói, um homem que deu a cara-a-tapa contra as estruturas acadêmicas instituídas no seio da sociedade, um homem que pôs tudo a perder, e que ao fim, está agora entre os grandes da filosofia (de facto) mas não de jure, imagine: se um intelectual fosse metade do que Feyerabend foi, enquanto crítico e filósofo, e mais ainda, enquanto fiel defensor da queda do monopólio da academia, tal pessoa poderia vangloriar-se de ser mais que um papagaio repetidor de artigos semestrais de alguma revista, e digo mais, Diógenes que era tão pobre quanto um cão não precisou esbanjar-se de coisa alguma para ser o filósofo que foi, e mesmo assim, devoraria muitos Leandros Karnais no almoço e defecaria Marilenas Chauis ao término do jantar, é tudo uma questão de capacidade de enfrentamento das estruturas dominantes que afugentam o verdadeiro conhecimento, Diógenes enfrentou os carrascos de seu tempo, Sócrates morreu nas mãos deles, mas a quem esses Leandros Karnais, essas Marilenas Chauis, esses Mários Sergios Cortellas enfrentam? alguns diriam "a ignorância" e outros ousariam dizer "o capitalismo" mas a verdade, leitores, é que estes homens e essas mulheres não lutam por coisa alguma senão pela própria subsistência através da manutenção do status quo da maldita Academia. Mas o prólogo da minha idéia sobre a sistematização de um "pós" anarquismo na epistemologia sugere mais que uma afronta, ela é uma verdadeira rebelião intelectual, ousada o bastante para, assim como Feyerabend, pôr tudo a perder e colocar o meu próprio nome entre os mais odiados dos filósofos, se necessário for.

Parte 1 - Da Descentralização Total do Saber

Eu entendo que a Academia forja estruturas quase inalcançáveis para alguns, como um verdadeiro filtro contra pensadores que venham a pensar [e difundir tal pensamento] que de alguma maneira seja contra o pensamento dominante de uma determinada realidade, criando hierarquias de poder intelectual, sistemas, regras e modos que atingem o jeito de ser, de falar, de se vestir e de escrever, e nesse sentido, a Academia se torna uma assassina de identidades, pois ninguém é o que é dentro dos alicerces socialmente forjados pela Academia, ninguém se veste em um Seminário da mesma forma que vai à padaria ou ao parque mais próximo para esticar as costas algum banco que ainda não foi depredado, ninguém fala nem se expressa numa sala de aula (pelo menos universitária) ou n'algum círculo social acadêmico da mesma forma que se expressa em sua forma natural de ser aquilo que é, e mais ainda, ninguém escreve num artigo ABNT ou ABNT2 exatamente a mesma coisa que se escreve numa carta ou numa mensagem de texto, isto é, da maneira natural, que se torna ofuscada pela linguagem acadêmica, onde uma frase precisa ser dita de forma coloquial até converter-se em três parágrafos de pura obviedade ululante. Para tal, deve-se primeiramente compreender que:

1.0 Propõe-se o término da formação institucionalizada para intelectuais, como filósofos e sociólogos, privilegiando que sua designação derive de suas obras, não de suas qualificações acadêmicas. Defende-se que apenas as ciências técnicas devam ter formações institucionais, promovendo a extinção das ciências humanas para preservar sua essência própria, dissociada da Academia. Atualmente, a Academia cobra por ensinamentos, tornando, em última instância, os filósofos meros sofistas.

1.1 Sustenta-se o fim das formações abrangentes, propondo a criação das "Ciências Técnicas", com treinamento específico para atuação no mercado. Os intelectuais de conhecimentos abrangentes nas ciências exatas deveriam emergir como resultado de sua busca individual em diversas áreas do saber, aproximando-se, assim, dos filósofos.

1.2 Após a eventual decadência da Academia, sugere-se a desestruturação de algumas normas sociais, incluindo a cultura academicista. Não é preconizado o banimento absoluto, mas propõe-se uma revisão na disseminação do conhecimento, com artigos em linguagem clara e objetiva, evitando que subculturas controlem o conhecimento e o expressem em gírias.

1.3 Com a supressão da cultura academicista, preconiza-se o fim da hierarquia acadêmica, abolindo títulos como graduação, pós-graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado, inclusive os honoris causa. Argumenta-se que muitos intelectuais usam seus títulos para validar argumentos questionáveis, gerando excessivos apelos à autoridade, característicos do sofisma.

Parte 2 - O Intelectual sim, a Academia não

Compreendemos o prestígio social gerado pelas altas expectativas em relação às faculdades que possuem um maior poder aquisitivo, seja por vias estatais ou não, e são elas quem corrompem a formação da intelectualidade, que deve ser ausente de qualquer sistematização obrigatória, é para as universidades que deve-se reservar a formação por parte das Ciências Técnicas. Contudo ainda haverão sociedades difusoras da atividade intelectual, elas deverão ser de acesso aberto e gratuito, nesse sentido, a organização daquilo que venha a ser a Pós-Academia, deve, nesses conformes, atuar assim:

1.0 Deve-se respeitar de igual modo a iniciativa intelectual particular como autêntica e digna tal qual iniciativas coletivas, a divulgação deve acontecer em que tipo de espaço o intelectual achar necessário, inclusive oralmente, seja em documentos com modelos padrão, seja ao ar livre ante o povo.

1.1 As iniciativas coletivas de divulgação científica deverão seguir seus modelos descentralizados sem ferirna individualidade do intelectual, que é inviolável, não o sendo apenas em suas ideias.

1.2 O intercâmbio de conhecimentos deve ser promovido de forma colaborativa, valorizando a diversidade de perspectivas e garantindo que as contribuições individuais enriqueçam o cenário intelectual, sem restrições além do respeito mútuo.

Parte 3 - Todos os Meios de Produção são Válidos

Estamos numa época em que a ação humana foi superada em vários campos de atuação, mas a Filosofia certamente não será afetada, e o pseudo-filósofo que fazer o uso indevido da criação de novos pensamentos com auxílio das máquinas certamente estará poluindo a sacra área de atuação de pensamento humano, logo, o uso da Inteligência Artificial não é algo que deve ser apenas fomentado, é algo necessário para a evolução da própria sociedade, e ela só deve se limitar no processo de criação de pensamento filosófico (pois é um ato sofísmico deixá-la atuar na área do pensamento humano) permitindo-na atuar em todas as demais áreas do conhecimento humano.

Considerações Finais

Bom, esses foram os pontos estratégicos em favor da centralização do intelectual em detrimento da Academia, mostrando uma realidade pós-acadêmica, onde a propagação do saber é livre, aberta e desburocratizada. É óbvio que nada acontece da noite para o dia, mas mesmo uma pessoa foi um embrião um dia, ações pequenas hoje podem desmantelar o monopólio absoluto da Academia mo futuro, é nisso que acredito, e enquanto a Academia existir, corrupta como ela é, eu serei seu pior inimigo.

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