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QI é um mito originário de um conjunto de esteriótipos imprudentes
O conceito de Quociente de Inteligência (QI) tem sido amplamente utilizado na psicologia como uma suposta medida de inteligência, sendo considerado um indicador importante para categorizar as pessoas em termos de sua capacidade cognitiva. No entanto, a ênfase na inteligência lógica como o único indicador de inteligência tem sido objeto de críticas na Sociologia da Psicologia. A Inteligência Lógica é apenas uma das várias inteligências existentes, e reduzir a inteligência como um todo através do nível de QI têm sido um ideal ridiculamente prepotente, graças à popularização dos estereótipos criados por meio de filmes, notícias e outros meios de comunicação.
A inteligência lógica, ou a capacidade de resolver problemas de forma lógica e analítica, e têm sido historicamente valorizada como uma medida de inteligência "superior". O QI, baseado em testes de lógica, tem sido usado como uma medida quantitativa dessa forma de inteligência. A inteligência é um conceito multifacetado, e existem várias formas de inteligência além da lógica, Howard Gardner, por exemplo, desenvolveu a Teoria das Inteligências Múltiplas, que propõe a existência de várias formas de inteligência, incluindo a inteligência interpessoal, intrapessoal, musical, cinestésica, naturalista, entre outras, além da lógica. Outros estudiosos também têm argumentado que a inteligência é um fator socialmente construído e culturalmente influenciado, e que não pode ser reduzida apenas à capacidade lógica de resolver problemas.
A sociedade desempenha um papel importante na construção de estereótipos de inteligência. Através de filmes, notícias, redes sociais e outros meios de comunicação, a lógica tem sido promovida como a forma mais valorizada de inteligência, enquanto outras formas de inteligência são frequentemente ignoradas ou subestimadas. Por exemplo, os personagens de gênios em filmes muitas vezes são retratados como pessoas com habilidades lógicas excepcionais, enquanto outras formas de inteligência, como a inteligência emocional ou a inteligência social, são relegadas a um segundo plano. Esses estereótipos de inteligência podem ter consequências negativas na sociedade. A superestimação da inteligência lógica pode levar à exclusão de pessoas que possuem outras formas de inteligência, mas não se encaixam nos padrões tradicionais de inteligência lógica. Isso pode levar a desigualdades em áreas como educação, emprego e oportunidades de vida, prejudicando aqueles que possuem outras formas de inteligências valiosas.
O fato é que essa forma imprudente de superestimar as demais inteligências ocorre porquê a própria sociedade tende a seguir padrões esteriotipados, especialmente àqueles retratados em mídias, fonte da qual o homem de conhecimento comum bebe em abundância.
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