Vivemos sob a
opressiva realidade de que a
Academia não apenas se apropriou, mas também
monopolizou de forma tirânica o
conhecimento científico.
Ditou arrogantemente quem tem o privilégio de acessá-lo, transformou-o em uma exclusividade elitista e o tornou inatingível para aqueles que não fazem parte da suposta aristocracia intelectual. Organizada
hierarquicamente (dependendo de Instituições, Revistas e afins) numa
Torre de Marfim, a
Academia converteu-se numa comunidade fechada da qual pouquíssimos possuem o poder de nela adentrar,
isso significa que, se o seus
artigos,
suas descobertas,
suas reflexões,
suas conclusões e suas considerações não forem publicadas numa "
Revista Científica"
você não pode publicar em lugar algum, pois a
Academia é organizada de modo que
nada se pode produzir fora dela, e fora dela, você não possui prestígio algum pelo que faz:
seus trabalhos são apenas papéis ou pré-prints que dois ou mais membros da
burguesia intelectual não aprovaram em seu maravilhoso clube de
masturbação intelectual e
troca de menções acadêmicas. A
Academia evoluiu de tal maneira que
restringiu de maneira ditatorial a capacidade de publicação de conteúdos verdadeiramente científicos, filosóficos ou sociológicos a apenas àqueles que fazem parte de sua própria elite.
Rotulou de maneira
desdenhosa todo o "resto" como "
conhecimento pseudo-científico" estabelecendo um
campanha natural de desmoralização do
conhecimento que não seja divulgado fora do eixo acadêmico,
não apenas isso, fez com que
todo este escárnio e desdém chegasse também aos autores de tais pensamentos.
No âmbito desta exclusão intelectual em relação a hegemonia do conhecimento, surge o Anarquismo Epistemológico como uma corrente de pensamento que corajosamente desafia a estrutura consolidada pela Academia. Esta abordagem nos propõe uma visão descentralizada do conhecimento, quem sabe até mesmo uma revolução intelectual, subvertendo as noções tradicionais de autoridade intelectual.
Numa realidade onde a Academia é fatídicamente responsável por usurpar e monopolizar o acesso ao conhecimento científico, filosófico e sociológico, o Anarquismo Epistemológico oferece uma solução necessariamente radical contra a burguesia intelectual, desprezando o elitismo acadêmico-intelectual em virtude de uma nova era de liberdade tanto de produção quanto de acesso ao conteúdo intelectual. Ao vir aqui enfatizar esta crítica veemente à Academia, proclamemos aqui o Anarquismo Epistemológico como uma manifestação pela verdadeira diversidade de perspectivas está fora das fronteiras restritivas da elite acadêmica. A visão de que apenas os membros da Academia podem produzir conhecimento válido é uma idealização ultrajante, completamente impensável e inviável, tendo em vista a alta demanda de pesquisadores e intelectuais autônomos e autodidatas que vivem no esquecimento enquanto os "dinossauros" da Academia frequentemente saqueiam as idéias originais daqueles que possuem menos visibilidade, tal qual Thomas Edison contra o Nikola Tesla.
Em virtude deste despautério, uma revolução intelectual e estrutural é mais do que necessária, é emergencial, precisamos urgente da instauração de dispositivos de divulgação e produção de conteúdo científico de forma democrática, descentralizada e independente de imediato!
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