Hoje em dia, ser acadêmico já não é tão prestigioso como era há tempos atrás, antes, tínhamos pensadores da mais alta intelectualidade que uma civilização poderia ter. No Brasil tínhamos
Manuel S. Paiva: pioneiro da matemática no Brasil,
Leopoldo Nachbin: conhecido por seus trabalho em topologia e equações diferenciais e parciais,
Maurício Peixoto, que se destacou na área de sistemas dinâmicos e teoria dos sistemas lineares,
César Lattes, co-descobridor do méson pi, além de vários outros pensadores, como
Mario Ferreira do Santos, Vladimir Safatle,
Francisco Doria e até mesmo
Luiz Felipe Pondé... Hoje, infelizmente temos que nos contentar com
Leandro Karnal,
Marilena Chaui,
Djamilla Ribeiro,
Marcia Tiburi, enquanto que um dos poucos que nos salvam nas ciências são
Artur Ávila, vencedor da Medalha Fields, e entre alguns outros educadores. Mas, como se não fosse o bastante, temos que lidar com o fato de
Mano Brown ser doutor honoris causa, coisa que é uma vergonha descomunal, um insulto veemente à memória de pensadores e demais cientistas de verdade, imagine
Platão assistindo do outro mundo àquilo que a Academia viria a se tornar na posterioridade... a verdade é que, no fundo, o espírito do verdadeiro conhecimento por excelência se foi para sempre através de
masturbação intelectual,
torres de marfim,
puxa-saquismo acadêmico e entre outras atividades
discrepantes e
vergonhosas, a sociedade está fadada ao
fracasso intelectual em meio ao caos de uma comunidade científica fechada em si mesma e de uma classe de pseudo intelectuais da cultura pop e do marxismo, que lugar teria um estudioso de verdade na Academia nos dias de hoje? nenhum.
Hoje, se você tiver dinheiro, por mais absurdamente ruins que sejam seus poemas, eles serão divulgados como uma nova epopéia de Homero, por mais ridícula que seja a sua arte, ela será divulgada como a nova Monalisa, e por mais contraditório que sejam seus pensamentos, ser-lhe-ão divulgados como um novo achado histórico dos pensamentos de Aristóteles, as ciências exatas hoje são as únicas que se salvam de forma natural da atual auto-destruição das humanidades, tudo é movido na base do dinheiro, do prestígio social e do camaradismo acadêmico, não importa o quão idiota você seja, com um dos três elementos anteriormente mencionados, você é vendido na cultura pop como um novo expoente para a classe intelectual, e isso obrigou e segue obrigando muitos pensadores e cientistas de verdade a buscarem meios alternativos afim de publicar e divulgar os trabalhos fora do eixo acadêmico, e acreditem, as grandes mentes deste século estão fora da Academia, e assim hão de permanecer até que todo o eixo acadêmico se transforme num prostíbulo de masturbação intelectual, se já não o é.
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